A rede municipal de educação conta com 16 instituições educacionais na área urbana, incluindo: Escola Áurea Ferreira Cação, E. Canaã, E. Dom Bosco, E. Edmee Monteiro Brasil, E. Irmã Carmem Cronenbold, E. José Cesário de Menezes, E. Lindalva Guerra de Souza, E. Marlúcia Gomes de Oliveira, E. Nossa Senhora do Carmo, E. Professora Jonecy Alves de Farias, E. Professora Linda Lucia de Souza Miranda, E. Professora Maria Bonfim Santiago da Cruz, E. Professora Martha Macêdo da Silva, E. Rosa de Sarom, E. São Francisco, E. Gilberto Mestrinho e E. Tancredo Neves.

A rede estadual de educação é composta por 9 escolas, incluindo a E.T.I. Álvaro Maia, E.E. Cândida do A. Souto, E.E. Duque de Caxias, e o C.E.T.I. Tarcila Prado de Negreiros Mendes. Também integram esta rede a E.E. Governador Plínio R. Coelho, E.E. Oswaldo Cruz e E.E. Patronato Auxiliadora. Complementando a lista, há duas escolas dedicadas ao ensino indígena: a E.E.Indígena Tupajakui e a E.E.I. Kwatijariga.

**Abaixo, vamos aprofundar a história de duas escolas que possuem prédios históricos na cidade e são renomadas em Humaitá. Deixamos este espaço aberto para que outras escolas também possam colaborar e compartilhar sua trajetória e contribuição para a educação da comunidade.

Grupo Escolar (escola) Oswaldo Cruz

**Agradecemos a gestora da Escola Estadual Oswaldo Cruz, Nelma Alves Freire, sua colaboração foi essencial para conhecermos melhor a trajetória dessa importante instituição de ensino em Humaitá e considerarmos o impacto que ela teve e continua tendo na formação de gerações de alunos.

Foto da Inauguração

Foto: Álbum Fotográfico de Humaythá de Alcenor Moreira e Júlio Silva, 2024.

A Escola Estadual Oswaldo Cruz foi criada pelo Decreto nº 1.282, de 2 de maio de 1918, e inaugurada em 4 de maio do mesmo ano, durante a administração do governador do Estado do Amazonas, Dr. Pedro de Alcântara Bacellar. Entre 1918 e 1949, os professores que lecionaram do 1º ao 5º ano do curso primário foram enviados de Manaus e contratados pela Secretaria de Estado da Educação. Durante esse período, alguns docentes permaneceram em Humaitá por seis a doze meses e desempenharam diversas funções no município.
A partir de 1950, a escola começou a contar com os primeiros professores distritais de Humaitá, sob a direção de Margarida Monteiro de Oliveira. Nesse período, o corpo docente incluía Raimunda Costa de Jesus Chagas, Maria Luiza de Sena Nina, Maria Bonfim Santiago, Éster de Brito Alves e Almerinda Monteiro.
Em 1971, o Grupo Escolar Oswaldo Cruz adaptou-se às normas da Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, e passou a se chamar Subunidade Grupo Escolar Oswaldo Cruz, seguindo as diretrizes da Reforma do Ensino. Com o crescimento da demanda escolar, em 1976 a instituição passou a oferecer o ensino fundamental do 5º ao 8º ano e o 2º grau com habilitação para o magistério de 1ª a 4ª série. Em 1980, tornou-se oficialmente a Escola de 1º e 2º Graus Oswaldo Cruz e, posteriormente, passou a ser conhecida como Escola Estadual Oswaldo Cruz. Em 2018, a escola foi contemplada com o Projeto Novo Ensino Médio, que começou a ser implementado em 2022.
Diversos professores ilustres marcaram a história da escola, como Ana Maria Santiago Neves, Luiz da Silva Santos, Maria de Jesus Leal Nina, Airton Guimarães, Maria Erbênia Araújo, Asclé Mendonça e Maria de Nazaré de Oliveira. No ano do seu centenário, a escola é administrada por Nelma Alves Freire.

A escola também atendia alunos da zona rural, por meio de anexos criados nas comunidades de Cristo Rei – Uruapiara e no distrito de Auxiliadora, onde era ministrado o ensino médio regular. Em 2007, as comunidades de Cristo Rei e Uruapiara passaram a receber o Ensino Médio Tecnológico.

Em 2010, durante a gestão do professor Asclé Mendonça, foi implantado o Programa Piloto do MEC, denominado Ensino Médio Inovador (PROEMI). Esse programa visava apoiar e fortalecer a implementação de propostas inovadoras nas escolas de ensino médio, ampliando o tempo dos estudantes na escola e incorporando atividades dinâmicas nos currículos, permanecendo até 2017.

Atualmente, a escola possui um corpo docente com 14 professores e conta com 14 funcionários administrativos, incluindo diretor, pedagogo, apoio pedagógico, secretário, vigia, auxiliar de serviços gerais e merendeiras, todos preparados para atender as necessidades de 278 alunos distribuídos nas 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio.

Ao longo de seus 104 anos, a Escola Estadual Oswaldo Cruz tem se dedicado a oferecer uma formação que permita aos alunos desenvolver suas potencialidades, alcançar a auto realização e exercer a cidadania de forma consciente. A instituição já formou nomes de ilustradores que fazem parte da história do Amazonas, como Plínio Ramos Coelho e Almino Afonso, e continua a formar profissionais em diversas áreas.

A escola visa continuar promovendo uma educação de qualidade, com o objetivo de formar cidadãos competentes, críticos, participativos e comprometidos, capacitando-os para transformar a sociedade em que vivem.

Fonte: Jhully Gomes Morais, 2024.

Patronato Maria Auxiliadora

**Agradecemos à pedagoga Cristiane por disponibilizar o histórico da Escola Estadual Patronato Maria Auxiliadora. Sua colaboração foi fundamental para que pudéssemos conhecer melhor a trajetória e a importância dessa instituição na educação de Humaitá.

A Escola Estadual Patronato Maria Auxiliadora está situada na Rua Marechal Deodoro, Centro. Fundada em 1941 pelas Irmãs Salesianas Clara Jacob, Elza Ramos e Lúcia Golfrine, que vieram de São Paulo para assumir o pastoreio em Humaitá, a escola surgiu do desejo de criar uma instituição que promovesse a Educação Religiosa e o Ensino Fundamental, contribuindo para o desenvolvimento moral, espiritual e social da comunidade. A construção da escola foi viabilizada por doações de pais dos alunos, pois a comunidade não dispunha de recursos financeiros, apenas do otimismo, fé e determinação de seus membros.

As primeiras turmas tiveram início em 1942, com o Curso Elementar Profissional, sob a responsabilidade das Irmãs Salesianas. Em seguida, foi implementado um internato, que atendia exclusivamente meninas, tanto da cidade quanto de municípios vizinhos, com cerca de 200 alunas. Com o tempo, a escola abriu suas portas para meninos, resolvendo um problema social, pois muitas jovens professoras não desejavam casar com rapazes que só possuíam o curso elementar do Grupo Escolar Oswaldo Cruz.

A Irmã Clara foi a primeira diretora e liderou a implantação de novos cursos, como o Curso Normal Rural em 1956, que formou professoras para o município de Humaitá e outras regiões, como Manicoré e Novo Aripuanã.

Atualmente, a escola mantém convênio com a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (SEDUC), por meio da Diocese de Humaitá, e continua como uma instituição de caráter beneficente, educativo, cultural e de assistência social. Com seus 83 anos de história, a escola segue oferecendo uma educação de qualidade para alunos do Ensino Fundamental I e II.

A direção geral é atualmente de responsabilidade da Professora Laura Leão Nogueira. Os diretores anteriores foram: Ir. Letícia Chaves, Ir. Nilde Tissot, Ir. Odete Vieira, Ir. Célia Parintins, Ir. Raimundinha Tavares, Ir. Nazaré Araújo, Ir. Elba de Macêdo, Maria de Nazaré Brasileira Umbelino e Célia Maria Pereira Botelho. O prédio da escola pertence à Diocese de Humaitá.

O nome Maria Auxiliadora foi escolhido em homenagem à Virgem Maria, mãe de Jesus, reconhecida como uma presença essencial na tradição salesiana. A escola também promove eventos religiosos, culturais e cívicos, como a Campanha da Fraternidade, Via Sacra, Noite Cultural, entre outros.

Fonte: Jhully Gomes Morais, 2024.

Instituições de Ensino Superior

As duas Instituições de Ensino Superior no município são: a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A UEA oferece uma variedade de cursos, incluindo programas tecnológicos em Alimentos, Gestão Ambiental, Gestão Comercial, Logística, Produção Pesqueira e Gestão de Turismo, cursos de licenciatura em Educação Física, Geografia, Matemática, Pedagogia e Pedagogia Intercultural Indígena, além de um bacharelado em Ciências Econômicas, conforme o site da UEA (s.d).

De acordo com o site da Universidade Federal do Amazonas (s.d), a oferta acadêmica abrange graduações em Agronomia, Biologia e Química, Matemática e Física, Engenharia Ambiental, Letras com ênfase em Língua Portuguesa e Inglesa, e Pedagogia. Esta instituição também oferece dois programas de pós-graduação stricto sensu, um em Ensino de Ciências e Humanidades (PPGECH) e outro em Ciências Ambientais (PPGCA), e dispõe de recursos como um museu de solos e um Laboratório de Ictiologia e Ordenamento Pesqueiro do Vale do Rio Madeira. Ambas as instituições possuem bibliotecas para fins de pesquisa.

Laboratório de Ictiologia e Ordenamento Pesqueiro do Vale do Rio Madeira- UFAM

Fonte: Jhully Gomes Morais, 2024.

Laboratório de Ictiologia e Ordenamento Pesqueiro do Vale do Rio Madeira- UFAM

Fonte: Jhully Gomes Morais, 2024.

Museu de solos do Amazonas - UFAM

Fonte: Jhully Gomes Morais, 2024.